Edit

Fundado em 1988, Entidade Sindical de primeiro grau, integrante do Sistema Confederativo da representação sindical - SICOMERCIO, a que se refere o art. 8, inciso IV, da Constituição Federal, com sede av. 15 nº 895, 12º andar

OBJETIIVO PRINCIPAL

Defender as empresas nas relações de trabalho através das negociações coletivas com os sindicatos profissionais

Às vésperas de Black Friday e Natal, brasileiros preveem consumo moderado

Às vésperas de Black Friday e Natal, brasileiros preveem consumo moderado

ICF reduziu ritmo de crescimento em outubro, mas momento de intenção de compra de bens duráveis está 56,7% maior que há um ano

O cenário econômico revela sinais de cautela entre os consumidores, à medida que se aproximam as principais datas comemorativas do comércio. De acordo com a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve um leve avanço de 0,3% em outubro, após um mês de estabilidade em setembro. Embora o indicador ainda se mantenha em um nível de satisfação (104,2 pontos), a intenção de compra apresenta desaceleração, com seu crescimento mensal perdendo força desde abril de 2023. Na comparação anual, a intenção de consumo cresceu 19,7%, mas a taxa é a mais baixa desde outubro do ano passado.

“A desaceleração da inflação, que inicialmente impulsionou de maneira positiva a renda e o consumo, parece ter perdido vigor a partir de agosto, levando os consumidores a adotar uma postura mais cautelosa no segundo semestre”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Por outro lado, há um impacto positivo notável na intenção de compra de bens duráveis, com um crescimento de 2,4% no último mês e de 56,7% na comparação anual. Embora o índice permaneça abaixo da marca dos 100 pontos, Tadros ressalta que a tendência de queda das taxas de juros de mercado tem incentivado os consumidores a planejar a aquisição de produtos de maior valor, especialmente a prazo.

Todos os indicadores (satisfação com o emprego e com a renda atuais, com o nível de consumo atual, bem como a perspectiva de consumo, o acesso ao crédito e o momento para compra de duráveis) tiveram alta no ano. No mês, a exceção foi o índice que mede a perspectiva profissional, estando, no entanto, 12,3% acima do registrado em outubro do ano passado.

Facilidade de acesso ao crédito volta ao patamar de 2020

Conforme a economista da CNC responsável pela ICF, Izis Ferreira, o movimento de queda das taxas de juros e as campanhas de renegociação de dívidas estão gradualmente facilitando o acesso ao crédito, embora as instituições financeiras ainda estejam seletivas por conta da inadimplência persistente. A pesquisa apontou que, neste mês, 29,8% dos consumidores consideram que está mais fácil comprar a crédito, a maior proporção desde maio de 2020. Ainda assim, a maioria (35,3%) acha que está mais difícil.

“O alto endividamento e a inadimplência continuam limitando a capacidade de consumo das famílias, o que diminui os efeitos positivos da desaceleração da inflação na renda disponível”, explica Izis Ferreira. Segundo a economista, a desaceleração do ritmo de contratações formais no mercado de trabalho está levando os consumidores a olhar com cautela para o emprego nos próximos meses, com o indicador que mede a perspectiva profissional registrando queda de 0,7%. Além disso, esse indicador apresenta quedas consecutivas nos últimos três meses, indicando que os consumidores estão olhando com ceticismo para o emprego nos próximos meses.

Moderação em todas as faixas de renda

A cautela nas compras é um fenômeno que atinge consumidores de todas as faixas de renda. Tanto as famílias que recebem até 10 salários mínimos como aquelas com renda superior a esse valor têm apresentado desaceleração em suas perspectivas de consumo desde setembro, mostrando sinais de moderação do otimismo. Entre as famílias de menor renda, a perspectiva de consumo para os próximos três meses cresceu 0,2% em outubro, enquanto entre os consumidores de alta renda houve um avanço de 0,5%. No entanto, Izis Ferreira destaca que é maior a proporção de consumidores da faixa mais alta de renda que pretende aumentar seus gastos neste último trimestre do ano (43,9%), em comparação com o grupo de menor renda (39,6%).

Acesse a análise completa e a série histórica da ICF

Contato

Associar ao sincomercio